Despeço-me sempre dos locais e das pessoas com a melancolia própria de quem sabe que o reencontro será pouco provável. Confesso que, por muito que reconheça a veracidade desta situação, sou incapaz de lidar com as despedidas com a naturalidade inerente. Ao invés, vejo-me sempre repartir entre a emoção do que advirá do amanhã e uma saudade imensa do que adveio do ontem. Saudade essa que permanece em mim para além do tempo ou do espaço... e cujas personagens e cenários me invadem semanas, meses e anos depois, nesta coisa fantástica a que chamamos de memória.
Levem-me toda e qualquer parte de mim... deixem-me as memórias... Existirei, por mim mesma. Viajarei... sem início, meio ou fim...
É o sentimento de saudade que compartilhamos pela tua ausência... sabendo que regressarás brevemente, com uma bagagem de memórias únicas para compartilhar com todos nós :) Mas afinal o breve não é assim tão breve, e o transiberiano ainda levará mais de ti e do marco por algum tempo, mais memórias a criar e saudades a sentir...
ResponderEliminarAs pessoa, os locais, as sensações que passam por nós na vida ficam angorados em nós e é isso que nos faz sermos quem somos =)
ResponderEliminarSer saudosista é isso mesmo, é ir ao passado para voltar a estar, voltar a sentir só mais uma vez, aquilo que antes fez parte da nossa realidade.
Um dia quando escreveres o teu livro voltas a reviver tudo aquilo que um dia fez parte de ti, da tua história!
Estou a espera dele!!!=)*